Biografia de Okada Jinsai - Revista Universo

Jinsaiverso

Biografia resumida de Okada Jinsai

Você, leitor novo, não conhece nada sobre o nosso patrono? Não se preocupe, vamos te apresentar aqui uma breve biografia da vida Dele.

O Mestre Jinsai (cujo nome verdadeiro é Mokiti Okada, conhecido pelos seguidores como Meishu-Sama, “Senhor da Luz”) nasceu em 23 de dezembro de 1882, no bairro de Assakussa, em Hashiba, na cidade de Tóquio, capital do Japão. De família extremamente humilde, desde pequeno ele era uma criança muito frágil fisicamente e grande parte da sua vida foi de constante luta contra as doenças que o acometiam.

Amante das artes, em sua juventude o Mestre Jinsai tinha uma forte determinação de tornar-se pintor e, assim que terminou o Ensino Básico, ingressou no Curso Preparatório da Escola de Belas-Artes de Tóquio. Mas a alegria de poder concretizar o seu sonho não durou muito tempo, pois meses depois de ter ingressado na referida escola, foi acometido por uma grave doença nos olhos que o fez desistir do curso.

Desde a adolescência, ele se preocupou com os problemas sociais e era possuidor de um profundo sentimento de justiça e altruísmo. Ainda jovem conseguiu sucesso nos negócios com o seu excepcional talento, mas, também, experimentou profundos sofrimentos, como dificuldades financeiras em decorrência do grande terremoto ocorrido no Japão no ano de 1923, e das perdas da primeira esposa e das três filhas do primeiro casamento, bem como a morte do primogênito do segundo matrimônio. Apesar das limitações determinadas pelo seu estado de saúde precário, o Mestre Jinsai foi um homem ávido por aprender, buscando sempre ampliar o seu horizonte de conhecimentos e informações. Pesquisou bastante a filosofia ocidental, que exerceu grande influência sobre sua formação.

No intuito de entender os motivos do sofrimento humano, Meishu-Sama dedicou metade de sua vida à pesquisa para esclarecer qual a causa dele, bem como do mal social, e em dezembro de 1926 ele chegou ao conhecimento total da Verdade (kenshinjitsu = estado de suprema iluminação espiritual). Compreendendo que esse conhecimento não servia apenas para ele mesmo, mas era universal, o Mestre Jinsai sentiu que precisava dedicar o resto de sua vida a uma só causa: divulgar a Verdade a todos os homens. Com esse propósito, nos anos que se seguiram, ele desenvolveu uma atividade intensa, publicando suas teorias e preparando pessoas para divulgá-las ao mundo inteiro, independente de fronteiras étnicas, religiosas, políticas ou ideológicas. As suas ideias e seu campo de atuação eram amplos, e ele se empenhou em levá-los a toda sociedade.

Escreveu a respeito de ciências humanas como: Arte, Filosofia, Educação, Política, Economia, Religião, e também sobre ciências naturais como Agronomia, teoria sobre a causa da doença, etc., englobando realmente as diversas áreas culturais. Prevendo já naquela época os problemas agrícolas de hoje, voltou-se para a pesquisa no campo da Agricultura Natural, chamando a atenção para a nocividade dos inseticidas agrícolas e adubos químicos e de origem animal. Ele ensina que a própria terra, em seu estado natural, é o mais poderoso agente fertilizante. Salienta, também, a importância do amor e respeito ao solo e sua energia, razão pela qual esforçou-se na divulgação do método de Agricultura Natural.

Por amor à arte, ele procurava estar sempre em contato com obras de arte, e durante o período de pós-guerra (II Guerra Mundial) começou a comprar obras de arte japonesa, a fim de evitar que essas fossem vendidas para o exterior. Pensando em fundar um museu, o Mestre Jinsai pesquisou sobre Arte em livros, galerias, exposições e museus famosos. Para ele, o contato com as obras-primas da Arte purifica a consciência do ser humano, proporcionando-lhe, ao mesmo tempo, o verdadeiro êxtase. Procurava, assim, desenvolver a beleza harmoniosa no espírito do homem, não se limitando apenas à contemplação do Belo.

 

Ele morreu em 10 de fevereiro de 1955, em Atami, no Japão.

Você, leitor novo, não conhece nada sobre o nosso patrono? Não se preocupe, vamos te apresentar aqui uma breve biografia da vida Dele.

O Mestre Jinsai (cujo nome verdadeiro é Mokiti Okada, conhecido pelos seguidores como Meishu-Sama, “Senhor da Luz”) nasceu em 23 de dezembro de 1882, no bairro de Assakussa, em Hashiba, na cidade de Tóquio, capital do Japão. De família extremamente humilde, desde pequeno ele era uma criança muito frágil fisicamente e grande parte da sua vida foi de constante luta contra as doenças que o acometiam.

Amante das artes, em sua juventude o Mestre Jinsai tinha uma forte determinação de tornar-se pintor e, assim que terminou o Ensino Básico, ingressou no Curso Preparatório da Escola de Belas-Artes de Tóquio. Mas a alegria de poder concretizar o seu sonho não durou muito tempo, pois meses depois de ter ingressado na referida escola, foi acometido por uma grave doença nos olhos que o fez desistir do curso.

Desde a adolescência, ele se preocupou com os problemas sociais e era possuidor de um profundo sentimento de justiça e altruísmo. Ainda jovem conseguiu sucesso nos negócios com o seu excepcional talento, mas, também, experimentou profundos sofrimentos, como dificuldades financeiras em decorrência do grande terremoto ocorrido no Japão no ano de 1923, e das perdas da primeira esposa e das três filhas do primeiro casamento, bem como a morte do primogênito do segundo matrimônio. Apesar das limitações determinadas pelo seu estado de saúde precário, o Mestre Jinsai foi um homem ávido por aprender, buscando sempre ampliar o seu horizonte de conhecimentos e informações. Pesquisou bastante a filosofia ocidental, que exerceu grande influência sobre sua formação.

No intuito de entender os motivos do sofrimento humano, Meishu-Sama dedicou metade de sua vida à pesquisa para esclarecer qual a causa dele, bem como do mal social, e em dezembro de 1926 ele chegou ao conhecimento total da Verdade (kenshinjitsu = estado de suprema iluminação espiritual). Compreendendo que esse conhecimento não servia apenas para ele mesmo, mas era universal, o Mestre Jinsai sentiu que precisava dedicar o resto de sua vida a uma só causa: divulgar a Verdade a todos os homens. Com esse propósito, nos anos que se seguiram, ele desenvolveu uma atividade intensa, publicando suas teorias e preparando pessoas para divulgá-las ao mundo inteiro, independente de fronteiras étnicas, religiosas, políticas ou ideológicas. As suas ideias e seu campo de atuação eram amplos, e ele se empenhou em levá-los a toda sociedade.

Escreveu a respeito de ciências humanas como: Arte, Filosofia, Educação, Política, Economia, Religião, e também sobre ciências naturais como Agronomia, teoria sobre a causa da doença, etc., englobando realmente as diversas áreas culturais. Prevendo já naquela época os problemas agrícolas de hoje, voltou-se para a pesquisa no campo da Agricultura Natural, chamando a atenção para a nocividade dos inseticidas agrícolas e adubos químicos e de origem animal. Ele ensina que a própria terra, em seu estado natural, é o mais poderoso agente fertilizante. Salienta, também, a importância do amor e respeito ao solo e sua energia, razão pela qual esforçou-se na divulgação do método de Agricultura Natural.

Por amor à arte, ele procurava estar sempre em contato com obras de arte, e durante o período de pós-guerra (II Guerra Mundial) começou a comprar obras de arte japonesa, a fim de evitar que essas fossem vendidas para o exterior. Pensando em fundar um museu, o Mestre Jinsai pesquisou sobre Arte em livros, galerias, exposições e museus famosos. Para ele, o contato com as obras-primas da Arte purifica a consciência do ser humano, proporcionando-lhe, ao mesmo tempo, o verdadeiro êxtase. Procurava, assim, desenvolver a beleza harmoniosa no espírito do homem, não se limitando apenas à contemplação do Belo.

 

Ele morreu em 10 de fevereiro de 1955, em Atami, no Japão.

Ensinamento de Okada Jinsai

Luz do Oriente

Creio que a expressão “Luz do Oriente” surgiu há uns dois mil anos, em determinada parte da Europa, tendo-se propagado gradativamente a ponto de hoje não existir quem a desconheça. Até agora, no entanto, por ignorância do seu verdadeiro significado, ela continua envolvida em mistério.

Assim, gostaria de mostrar o que realmente significa essa expressão.

Indiscutivelmente, “Luz do Oriente” era uma predição relacionada à Minha pessoa. Não há quem não se espante ao tomar conhecimento dessa verdade, e poucas pessoas conseguirão aceitá-la de imediato. Por isso, tentarei Me explicar melhor, apresentando provas reais do que estou dizendo.

A primeira prova é o local onde nasci e o trajeto das mudanças que fiz. Nasci num bairro pobre, antigamente denominado Hashiba, situado em Asakusa, na cidade de Tokyo. O país chamado Japão, como todos sabem, localiza-se no extremo leste do globo terrestre, acrescentando-se que Tokyo é uma cidade do leste do Japão. A leste de Tokyo é Asakussa, cujo leste, por sua vez, é Hashiba, o bairro ao qual Me referi há pouco. A leste desse bairro está o rio Sumida. Assim, Hashiba é realmente o leste do leste; em termos mundiais, é o extremo leste do mundo.

Aos oito anos, fui morar no bairro de Sen-zoku, a oeste de Hashiba; mais ou menos na época em que concluí o curso primário, mudei-Me para o bairro de Naniwa, em Nihon-Bashi, e em seguida, para Tsukiji, em Kyo-Bashi; depois fui para os bairros de Ôi e Omori, ambos em Ebara; mais tarde, transferi-Me para Kôji, e a seguir, para Tamagawa, onde existe atualmente o “Solar da Montanha do Tesouro”. Posteriormente, dando um salto bem grande, mudei-Me para Hakone e Atami, e agora, para Kyoto. Assim, troquei de residência dez vezes, e dessas mudanças, excetuando-se o bairro de Kôji, nove foram para o oeste.

Naturalmente, daqui em diante a “Luz do Oriente” avançará cada vez mais para o oeste, e chegará um dia, é óbvio, à China e, finalmente, a Europa.

Analisando os diferentes aspectos da cultura japonesa até o presente momento, constatamos que todos eles nasceram no oeste e foram se expandindo em direção ao leste. Entre as religiões, o budismo, incluindo todas as suas ramificações, o cristianismo e o xintoismo — este último, originário do Japão — nasceram no oeste e foram se propagando para o leste.

A religião budista Nitiren foi a única que nasceu no leste. E isso tem uma profunda razão de ser. Vejamos: o budismo, como tenho dito, foi criado para promover a salvação das criaturas na Era da Noite, isto é, no período em que o mundo era protegido pela Deusa da Lua. Entretanto, como tudo ocorre primeiramente no Mundo Espiritual, chegando a época apropriada à mudança para a Era do Dia, esta iniciou-se naquele mundo, há setecentos anos (o primeiro estágio do alvorecer). Foi por isso que nasceu Nitiren Shônin. Crendo em Buda, assim que terminou seus primeiros aprimoramentos, ele tomou a decisão inabalável de se dedicar à divulgação do sutra Hokê, pregado pelo mestre.

Primeiramente foi a Awa, sua terra natal, e escalando o Monte Kiyosumi, próximo ao mar, entoou em voz alta, no momento em que o Sol estava para nascer, as palavras Myô Ho Ren Gue Kyô. A partir de então, divulgou para o mundo o sutra Hokê com todas as suas forças, enaltecen-do-lhe os benefícios. Mais tarde, lutou contra inúmeras perseguições, até que, finalmente, estabeleceu uma seita inabalável como é hoje a Hokekyô (palavras pronunciadas pelos fiéis da religião Nitiren para pedirem proteção e atingirem a iluminação), que merece todo o nosso respeito (também conhecida pelo nome de Religião de Nitiren).

Esse grande feito de Nitiren representava o primeiro raio da “Luz do Oriente”. Em termos espirituais, podemos dizer que, no extremo leste do Mundo Espiritual, até então imerso nas trevas (era um brilho bem fraco e pequeno), foi o primeiro indício de que o Sol estava para nascer.

Naturalmente, isso não se evidenciava aos olhos humanos, mas em verdade constituía uma importante realização Divina no avanço da Grande Providência.

Seiscentos e tantos anos depois, chegada a hora do alvorecer, no dia 15 de junho de 1931, levando trinta e poucos acompanhantes, escalei o Monte Kenkon (nome oficial da montanha Nokoguiri, no Estado de Tiba), situado em Awa, onde se localiza o Templo Nihon, e no topo desse monte, em direção ao Céu do leste, entoei uma oração. Na mesma hora, ocorreu algo misterioso. Ainda não Me é permitido revelá-lo, mas significava a demarcação da mudança da Noite para o Dia, promovida pela Providência de Deus.

E o interessante é que a leste do Monte Kenkon está localizado o Monte Kiyosumi, a uma distância tão irrelevante que, se uma pessoa chamar por outra de um dos lados, será ouvida por ela. São realmente montes irmãos, e Nihon, o nome do templo, que significa “Nascente do Sol”, também está insinuando aquela mudança.

Acima escrevi sobre a afinidade do Japão com o budismo. Quanto ao confucionismo, moral, sinologia, medicina chinesa e todas as primeiras expressões da cultura japonesa, foram importadas da China e da Coréia.

Nos últimos tempos, foi introduzida no país a cultura ocidental, de modo que a maior parte de sua cultura provém do oeste.

Além da religião Nitiren, não havia nenhuma expressão cultural japonesa que tivesse nascido no leste. Mas agora precisamos refletir: através dessa cultura nascida no oeste, se tivesse conseguido formar um Mundo Ideal de felicidade, que teria Eu para falar?

O que vemos, entretanto, é justamente o contrário. Materialmente, o mundo se tornou uma civilização magnífica, porém o mais importante, que é felicidade humana, não foi alcançada, e o pior é que, segundo tudo indica, também não a será no futuro. Certamente, todos pensam assim.

No entanto, embora o homem contemporâneo não possua nenhuma esperança e viva uma vida cotidiana sem objetivos, sentindo uma intranqüilidade inexplicável, a maioria das pessoas, no íntimo, não pára de ansiar pela luz da esperança. O centro desse desejo, na realidade, é a “Luz do Oriente”.

Como podemos ver, os fundamentos da civilização seguiram uma trajetória contrária à ordem natural, o que pode ser muito bem compreendido ao observarmos a natureza: o Sol e a Lua despontam no leste e descrevem uma órbita em direção ao oeste. Sendo esta uma verdade eterna, o que nasce no leste representa a própria verdade.

Assim, posso afirmar com toda segurança que as pessoas que acreditarem em Minhas palavras, procedendo em conformidade com elas, conseguirão obter a verdadeira felicidade. Em resumo: Eu purificarei toda a água turva impelida do oeste para o leste, devolvê-la-ei pura e construirei um mundo límpido como o cristal.

12 de novembro de 1952

Creio que a expressão “Luz do Oriente” surgiu há uns dois mil anos, em determinada parte da Europa, tendo-se propagado gradativamente a ponto de hoje não existir quem a desconheça. Até agora, no entanto, por ignorância do seu verdadeiro significado, ela continua envolvida em mistério.

Assim, gostaria de mostrar o que realmente significa essa expressão.

Indiscutivelmente, “Luz do Oriente” era uma predição relacionada à Minha pessoa. Não há quem não se espante ao tomar conhecimento dessa verdade, e poucas pessoas conseguirão aceitá-la de imediato. Por isso, tentarei Me explicar melhor, apresentando provas reais do que estou dizendo.

A primeira prova é o local onde nasci e o trajeto das mudanças que fiz. Nasci num bairro pobre, antigamente denominado Hashiba, situado em Asakusa, na cidade de Tokyo. O país chamado Japão, como todos sabem, localiza-se no extremo leste do globo terrestre, acrescentando-se que Tokyo é uma cidade do leste do Japão. A leste de Tokyo é Asakussa, cujo leste, por sua vez, é Hashiba, o bairro ao qual Me referi há pouco. A leste desse bairro está o rio Sumida. Assim, Hashiba é realmente o leste do leste; em termos mundiais, é o extremo leste do mundo.

Aos oito anos, fui morar no bairro de Sen-zoku, a oeste de Hashiba; mais ou menos na época em que concluí o curso primário, mudei-Me para o bairro de Naniwa, em Nihon-Bashi, e em seguida, para Tsukiji, em Kyo-Bashi; depois fui para os bairros de Ôi e Omori, ambos em Ebara; mais tarde, transferi-Me para Kôji, e a seguir, para Tamagawa, onde existe atualmente o “Solar da Montanha do Tesouro”. Posteriormente, dando um salto bem grande, mudei-Me para Hakone e Atami, e agora, para Kyoto. Assim, troquei de residência dez vezes, e dessas mudanças, excetuando-se o bairro de Kôji, nove foram para o oeste.

Naturalmente, daqui em diante a “Luz do Oriente” avançará cada vez mais para o oeste, e chegará um dia, é óbvio, à China e, finalmente, a Europa.

Analisando os diferentes aspectos da cultura japonesa até o presente momento, constatamos que todos eles nasceram no oeste e foram se expandindo em direção ao leste. Entre as religiões, o budismo, incluindo todas as suas ramificações, o cristianismo e o xintoismo — este último, originário do Japão — nasceram no oeste e foram se propagando para o leste.

A religião budista Nitiren foi a única que nasceu no leste. E isso tem uma profunda razão de ser. Vejamos: o budismo, como tenho dito, foi criado para promover a salvação das criaturas na Era da Noite, isto é, no período em que o mundo era protegido pela Deusa da Lua. Entretanto, como tudo ocorre primeiramente no Mundo Espiritual, chegando a época apropriada à mudança para a Era do Dia, esta iniciou-se naquele mundo, há setecentos anos (o primeiro estágio do alvorecer). Foi por isso que nasceu Nitiren Shônin. Crendo em Buda, assim que terminou seus primeiros aprimoramentos, ele tomou a decisão inabalável de se dedicar à divulgação do sutra Hokê, pregado pelo mestre.

Primeiramente foi a Awa, sua terra natal, e escalando o Monte Kiyosumi, próximo ao mar, entoou em voz alta, no momento em que o Sol estava para nascer, as palavras Myô Ho Ren Gue Kyô. A partir de então, divulgou para o mundo o sutra Hokê com todas as suas forças, enaltecen-do-lhe os benefícios. Mais tarde, lutou contra inúmeras perseguições, até que, finalmente, estabeleceu uma seita inabalável como é hoje a Hokekyô (palavras pronunciadas pelos fiéis da religião Nitiren para pedirem proteção e atingirem a iluminação), que merece todo o nosso respeito (também conhecida pelo nome de Religião de Nitiren).

Esse grande feito de Nitiren representava o primeiro raio da “Luz do Oriente”. Em termos espirituais, podemos dizer que, no extremo leste do Mundo Espiritual, até então imerso nas trevas (era um brilho bem fraco e pequeno), foi o primeiro indício de que o Sol estava para nascer.

Naturalmente, isso não se evidenciava aos olhos humanos, mas em verdade constituía uma importante realização Divina no avanço da Grande Providência.

Seiscentos e tantos anos depois, chegada a hora do alvorecer, no dia 15 de junho de 1931, levando trinta e poucos acompanhantes, escalei o Monte Kenkon (nome oficial da montanha Nokoguiri, no Estado de Tiba), situado em Awa, onde se localiza o Templo Nihon, e no topo desse monte, em direção ao Céu do leste, entoei uma oração. Na mesma hora, ocorreu algo misterioso. Ainda não Me é permitido revelá-lo, mas significava a demarcação da mudança da Noite para o Dia, promovida pela Providência de Deus.

E o interessante é que a leste do Monte Kenkon está localizado o Monte Kiyosumi, a uma distância tão irrelevante que, se uma pessoa chamar por outra de um dos lados, será ouvida por ela. São realmente montes irmãos, e Nihon, o nome do templo, que significa “Nascente do Sol”, também está insinuando aquela mudança.

Acima escrevi sobre a afinidade do Japão com o budismo. Quanto ao confucionismo, moral, sinologia, medicina chinesa e todas as primeiras expressões da cultura japonesa, foram importadas da China e da Coréia.

Nos últimos tempos, foi introduzida no país a cultura ocidental, de modo que a maior parte de sua cultura provém do oeste.

Além da religião Nitiren, não havia nenhuma expressão cultural japonesa que tivesse nascido no leste. Mas agora precisamos refletir: através dessa cultura nascida no oeste, se tivesse conseguido formar um Mundo Ideal de felicidade, que teria Eu para falar?

O que vemos, entretanto, é justamente o contrário. Materialmente, o mundo se tornou uma civilização magnífica, porém o mais importante, que é felicidade humana, não foi alcançada, e o pior é que, segundo tudo indica, também não a será no futuro. Certamente, todos pensam assim.

No entanto, embora o homem contemporâneo não possua nenhuma esperança e viva uma vida cotidiana sem objetivos, sentindo uma intranqüilidade inexplicável, a maioria das pessoas, no íntimo, não pára de ansiar pela luz da esperança. O centro desse desejo, na realidade, é a “Luz do Oriente”.

Como podemos ver, os fundamentos da civilização seguiram uma trajetória contrária à ordem natural, o que pode ser muito bem compreendido ao observarmos a natureza: o Sol e a Lua despontam no leste e descrevem uma órbita em direção ao oeste. Sendo esta uma verdade eterna, o que nasce no leste representa a própria verdade.

Assim, posso afirmar com toda segurança que as pessoas que acreditarem em Minhas palavras, procedendo em conformidade com elas, conseguirão obter a verdadeira felicidade. Em resumo: Eu purificarei toda a água turva impelida do oeste para o leste, devolvê-la-ei pura e construirei um mundo límpido como o cristal.

12 de novembro de 1952

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