Vulcões – Assustadoras maravilhas da Natureza - Revista Universo

Geologia

Vulcões - Assustadoras maravilhas da Natureza

Os vulcões, que se contam entre as forças mais poderosas da Natureza, inspiraram desde sempre respeito e terror. Quando um vulcão entra em erupção, pode expelir torrentes de lava que destroem tudo quanto se encontra em seu caminho. Não por acaso, civilizações inteiras foram extintas por eles.

Em sentido restrito, um vulcão é uma abertura na crosta terrestre através da qual se liberta magma, ou rocha fundida, do interior da Terra. O termo aplica-se também à montanha de detritos que se acumulam em redor da abertura. Formado ao longo de milhares de anos, um vulcão pode crescer até atingir enormes dimensões. O Kilimanjaro, a montanha mais alta da África, por exemplo, é um vulcão que se ergue cerca de 4.876 m acima das planícies circundantes.

Todos os vulcões expelem lava?

Quando irrompe até a superfície, o magma denomina-se lava, a forma que habitualmente assume a matéria expelida. Emergindo a temperaturas de 1.000º C ou superiores, algumas lavas são muito fluidas, podendo deslizar ao longo de muitos quilômetros antes de arrefecerem o suficiente para solidificarem. Outras, com uma composição e temperatura diferentes, são consideravelmente menos fluidas e solidificam-se mais rapidamente. De fato, endurecem por vezes na cratera do vulcão, formando uma “tampa” que põe fim à erupção.

Todas as erupções são semelhantes?

Tal como as lavas diferem em temperatura e composição, também as erupções variam enormemente na sua gravidade. As menos violentas são as erupções do tipo havaiano, no decorrer das quais jorra lentamente da cratera do vulcão lava muito fluida que forma uma vasta cúpula. Nas erupções estrombolianas, coágulos de lava ligeiramente mais espessa são expelidos em explosões mais ou menos contínuas, mas relativamente pouco intensas. As erupções vulcanianas são consideravelmente mais graves. A lava forma uma tampa que bloqueia a cratera do vulcão entre as erupções. O período calmo termina com uma explosão violenta, quando, em consequência de uma pressão extrema, a cratera é “destapada”. As mais violentas de todas são as erupções peleanas, tipificadas pelo Monte Pelée, na Ilha Martinica, nas Caraíbas. Neste caso, a explosão desencadeia uma avalancha de gás e cinza que se precipita pelas vertentes, aniquilando tudo no seu caminho.

Qual foi a erupção mais catastrófica?

Na História conhecida, a mais famosa das erupções verificou-se talvez no ano 79 da nossa Era, quando o Vesúvio, na Itália, explodiu e, no espaço de horas, soterrou toda a cidade de Pompeia. Mas a mais poderosa explosão dos tempos modernos foi a que destruiu a ilha indonésia de Krakatoa, a 27 de agosto de 1883, embora não tenha sido a maior em número de vítimas. A explosão, ouvida a cerca de 3.500 km, de distância, na Austrália, desencadeou vagas gigantescas de 30 m de altura que afogaram cerca de 36.000 pessoas. E a nuvem de cinza que foi projetada no ar rodeou o globo, causando pores-do-sol espetaculares em todo o mundo durante mais de um ano.

Mas a erupção que mais mortes causou foi a do Monte Tambora em 1815, entre 5 e 10 de abril daquele ano, sendo uma das mais poderosas já registradas. Ela atingiu o nível 7 no Índice de Explosividade Vulcânica (IEV), realizando a maior erupção desde a erupção do lago Taupo no ano 181 d.C. Esta erupção é considerada a maior registrada na Terra, detendo o recorde do volume de matéria expelida: 180 000 000 000 m³ ou 180 km³.

Foi uma erupção explosiva da chaminé central com fluxos piroclásticos e um colapso da caldeira, causando tsunamis e danos extensos em terras e propriedades. Ela criou um efeito de longo prazo sobre o clima mundial. A erupção cessou em 15 julho de 1815 e a atividade posterior foi registrada em agosto de 1819, consistindo de uma pequena erupção (IEV = 2) com jatos de lava e ruidosos sismos vulcânicos, sendo considerada por alguns com ainda fazendo parte da erupção de 1815.

A explosão foi ouvida na ilha de Sumatra (mais de 2.000 km distante). Uma enorme queda de cinza vulcânica foi observada em locais distantes como nas ilhas de Bornéu, Celebes, Java e arquipélago das Molucas. A atividade começou três anos antes, de uma forma moderada, seguindo-se a enorme explosão que lançou material a uma altura de 33 km, que, no entanto, ainda não foi o ponto culminante da atividade. Cinco dias depois, houve material eruptivo lançado a 44 km de altura, escurecendo o céu num raio de 500 km durante três dias e matando cerca de 60.000 pessoas, havendo ainda estimativas de 71.000 mortos, das quais de 11 a 12 mil mortas diretamente pela erupção; a frequentemente citada estimativa de 92.000 mortos é considerada superestimada.

A erupção criou anomalias climáticas globais, pois não houve verão no hemisfério norte em consequência desta erupção, o que provocou a morte de milhares de pessoas devido à falta de alimento com registros estatísticos confiáveis especialmente na Europa, passando o ano de 1816 a ser conhecido como “o ano sem verão”. Culturas agrícolas colapsaram e gado morreu, resultando na pior carestia do século XIX. Durante uma escavação em 2004, uma equipe de arqueólogos descobriu artefatos que permaneceram enterrados pela erupção de 1815. Eles mantinham-se intactos sob três metros de depósitos piroclásticos. Neste sítio arqueológico, apelidado “a Pompeia do Oriente”, os artefatos foram preservados nas posições que ocupavam em 1815. Depois da erupção, a montanha do vulcão ficou com metade da altura anterior e formou-se uma enorme caldeira, hoje contendo um lago.

Vulcões na Terra

É estimado que cerca de 10.000 vulcões entraram em atividade nos últimos 2 milhões de anos. Atualmente cerca de 500 podem ser considerados ativos, dos quais 20 deles são muito ativos. Na lista parcial abaixo estão alguns deles:

Os vulcões, que se contam entre as forças mais poderosas da Natureza, inspiraram desde sempre respeito e terror. Quando um vulcão entra em erupção, pode expelir torrentes de lava que destroem tudo quanto se encontra em seu caminho. Não por acaso, civilizações inteiras foram extintas por eles.

Em sentido restrito, um vulcão é uma abertura na crosta terrestre através da qual se liberta magma, ou rocha fundida, do interior da Terra. O termo aplica-se também à montanha de detritos que se acumulam em redor da abertura. Formado ao longo de milhares de anos, um vulcão pode crescer até atingir enormes dimensões. O Kilimanjaro, a montanha mais alta da África, por exemplo, é um vulcão que se ergue cerca de 4.876 m acima das planícies circundantes.

Todos os vulcões expelem lava?

Quando irrompe até a superfície, o magma denomina-se lava, a forma que habitualmente assume a matéria expelida. Emergindo a temperaturas de 1.000º C ou superiores, algumas lavas são muito fluidas, podendo deslizar ao longo de muitos quilômetros antes de arrefecerem o suficiente para solidificarem. Outras, com uma composição e temperatura diferentes, são consideravelmente menos fluidas e solidificam-se mais rapidamente. De fato, endurecem por vezes na cratera do vulcão, formando uma “tampa” que põe fim à erupção.

Todas as erupções são semelhantes?

Tal como as lavas diferem em temperatura e composição, também as erupções variam enormemente na sua gravidade. As menos violentas são as erupções do tipo havaiano, no decorrer das quais jorra lentamente da cratera do vulcão lava muito fluida que forma uma vasta cúpula. Nas erupções estrombolianas, coágulos de lava ligeiramente mais espessa são expelidos em explosões mais ou menos contínuas, mas relativamente pouco intensas. As erupções vulcanianas são consideravelmente mais graves. A lava forma uma tampa que bloqueia a cratera do vulcão entre as erupções. O período calmo termina com uma explosão violenta, quando, em consequência de uma pressão extrema, a cratera é “destapada”. As mais violentas de todas são as erupções peleanas, tipificadas pelo Monte Pelée, na Ilha Martinica, nas Caraíbas. Neste caso, a explosão desencadeia uma avalancha de gás e cinza que se precipita pelas vertentes, aniquilando tudo no seu caminho.

Qual foi a erupção mais catastrófica?

Na História conhecida, a mais famosa das erupções verificou-se talvez no ano 79 da nossa Era, quando o Vesúvio, na Itália, explodiu e, no espaço de horas, soterrou toda a cidade de Pompeia. Mas a mais poderosa explosão dos tempos modernos foi a que destruiu a ilha indonésia de Krakatoa, a 27 de agosto de 1883, embora não tenha sido a maior em número de vítimas. A explosão, ouvida a cerca de 3.500 km, de distância, na Austrália, desencadeou vagas gigantescas de 30 m de altura que afogaram cerca de 36.000 pessoas. E a nuvem de cinza que foi projetada no ar rodeou o globo, causando pores-do-sol espetaculares em todo o mundo durante mais de um ano.

Mas a erupção que mais mortes causou foi a do Monte Tambora em 1815, entre 5 e 10 de abril daquele ano, sendo uma das mais poderosas já registradas. Ela atingiu o nível 7 no Índice de Explosividade Vulcânica (IEV), realizando a maior erupção desde a erupção do lago Taupo no ano 181 d.C. Esta erupção é considerada a maior registrada na Terra, detendo o recorde do volume de matéria expelida: 180 000 000 000 m³ ou 180 km³.

Foi uma erupção explosiva da chaminé central com fluxos piroclásticos e um colapso da caldeira, causando tsunamis e danos extensos em terras e propriedades. Ela criou um efeito de longo prazo sobre o clima mundial. A erupção cessou em 15 julho de 1815 e a atividade posterior foi registrada em agosto de 1819, consistindo de uma pequena erupção (IEV = 2) com jatos de lava e ruidosos sismos vulcânicos, sendo considerada por alguns com ainda fazendo parte da erupção de 1815.

A explosão foi ouvida na ilha de Sumatra (mais de 2.000 km distante). Uma enorme queda de cinza vulcânica foi observada em locais distantes como nas ilhas de Bornéu, Celebes, Java e arquipélago das Molucas. A atividade começou três anos antes, de uma forma moderada, seguindo-se a enorme explosão que lançou material a uma altura de 33 km, que, no entanto, ainda não foi o ponto culminante da atividade. Cinco dias depois, houve material eruptivo lançado a 44 km de altura, escurecendo o céu num raio de 500 km durante três dias e matando cerca de 60.000 pessoas, havendo ainda estimativas de 71.000 mortos, das quais de 11 a 12 mil mortas diretamente pela erupção; a frequentemente citada estimativa de 92.000 mortos é considerada superestimada.

A erupção criou anomalias climáticas globais, pois não houve verão no hemisfério norte em consequência desta erupção, o que provocou a morte de milhares de pessoas devido à falta de alimento com registros estatísticos confiáveis especialmente na Europa, passando o ano de 1816 a ser conhecido como “o ano sem verão”. Culturas agrícolas colapsaram e gado morreu, resultando na pior carestia do século XIX. Durante uma escavação em 2004, uma equipe de arqueólogos descobriu artefatos que permaneceram enterrados pela erupção de 1815. Eles mantinham-se intactos sob três metros de depósitos piroclásticos. Neste sítio arqueológico, apelidado “a Pompeia do Oriente”, os artefatos foram preservados nas posições que ocupavam em 1815. Depois da erupção, a montanha do vulcão ficou com metade da altura anterior e formou-se uma enorme caldeira, hoje contendo um lago.

Vulcões na Terra

É estimado que cerca de 10.000 vulcões entraram em atividade nos últimos 2 milhões de anos. Atualmente cerca de 500 podem ser considerados ativos, dos quais 20 deles são muito ativos. Na lista parcial abaixo estão alguns deles:

Mapa mostrando as fronteiras entre as placas tectônicas e sub-recentes áreas de vulcões

Erupção do Vulcão do Fogo
(Foto: Christian Hartmann)

Rios de lava no Vulcão Pacaya
(Foto: Cristian Hartmann)

Erupção do Vulcão Stromboli, na costa da Sicília, Itália

Ensinamento de Okada Jinsai

Erupções Vulcânicas

Pergunta: Gostaria que me desse uma explicação espiritual da erupção vulcânica. Queria saber também se isto continua mesmo no Mundo da Luz…

Meishu-Sama: No Mundo da Luz deixará de haver tais coisas. A erupção ocorre porque a Terra ainda está inacabada, e porque é necessária. As termas surgem por causa disso. As de Atami são diferentes das da erupção comum, mas as de Hakone são resultado da erupção antiga. A temperatura alta surge por causa do furo na camada rochosa e, quando a água subterrânea passa aí, transforma-se em água quente. Portanto, podemos dizer que é uma erupção para criar as termas. Em Hakone, por exemplo, há muitas pedras. Está provido de pedras necessárias. Foi um vulcão em erupção que golfou o gás, e Goora constitui o seu centro. A rocha de Tyakogue também faz parte disso; as duras e de superfície lisa são da superfície. Conforme o vulcão emite enxofre, são necessárias também para fazer lagos. O Lago de Ashi e o Lago Tyuzenji são formados assim. Formam também cachoeiras. Há o Lago de Yu, (Monte Shirane) Pântano Goshiki e cachoeira de Yu. Depois do desfiladeiro de Konsei, há o pântano Suga, o pântano Maru, pântano Oze etc. Todos são lagos que foram feitos para criar a beleza natural.

22 de janeiro de 1949

Pergunta: Gostaria que me desse uma explicação espiritual da erupção vulcânica. Queria saber também se isto continua mesmo no Mundo da Luz…

Meishu-Sama: No Mundo da Luz deixará de haver tais coisas. A erupção ocorre porque a Terra ainda está inacabada, e porque é necessária. As termas surgem por causa disso. As de Atami são diferentes das da erupção comum, mas as de Hakone são resultado da erupção antiga. A temperatura alta surge por causa do furo na camada rochosa e, quando a água subterrânea passa aí, transforma-se em água quente. Portanto, podemos dizer que é uma erupção para criar as termas. Em Hakone, por exemplo, há muitas pedras. Está provido de pedras necessárias. Foi um vulcão em erupção que golfou o gás, e Goora constitui o seu centro. A rocha de Tyakogue também faz parte disso; as duras e de superfície lisa são da superfície. Conforme o vulcão emite enxofre, são necessárias também para fazer lagos. O Lago de Ashi e o Lago Tyuzenji são formados assim. Formam também cachoeiras. Há o Lago de Yu, (Monte Shirane) Pântano Goshiki e cachoeira de Yu. Depois do desfiladeiro de Konsei, há o pântano Suga, o pântano Maru, pântano Oze etc. Todos são lagos que foram feitos para criar a beleza natural.

22 de janeiro de 1949

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