Nitiren ou Nichiren (em japonês 日蓮) (Kamogawa, 16 de fevereiro de 1222 – Ōta, 13 de outubro de 1282), nascido Zennichimaro (善日麿), mais tarde Zeshō-bō Renchō (是生房蓮長) e algumas vezes chamado de Nichiren Shōnin (日蓮聖人), Nichiren Daishōnin (日蓮大聖人) ou Nitiren Daibossatsu (日蓮大菩薩), foi um monge budista do Japão do século XIII. Fundou o budismo Nitiren, um importante segmento do budismo japonês que engloba dúzias de escolas de diversas interpretações doutrinárias. Antes de falecer, deixou documentos transferindo seus ensinamentos a seu discípulo Nikko, que construiu um templo chamado de Templo Principal Taisekiji, a atual sede da Nichiren Shoshu.
Em algumas escolas, notavelmente a Nitiren Shoshu e a Soka Gakkai (representada no Brasil pela Associação Brasil Soka Gakkai Internacional), foi alçado à condição de buda (“Aquele que Despertou”) original da era de Mapô. Outras escolas, como a Nitiren Shu, e o Budismo Primordial HBS o têm como patriarca, mas seguem o Buda Shakyamuni.
Em 1237, tornou-se sacerdote budista e adotou o nome Zesho-bo Rencho. Em 1242, após ter passado alguns anos em Kamakura — o centro do governo japonês na época — para dar prosseguimento aos seus estudos, retornou para o templo Seichyo. Sentindo uma urgente necessidade de continuar os estudos, no mesmo ano partiu para Kyoto e Nara, os dois centros do budismo tradicional no Japão. Permaneceu ali até 1253, quando sentiu ter descoberto o que buscava e retornou ao tempo Seityo. Verificou que os verdadeiros ensinos do budismo são encontrados apenas no Sutra do Lótus – que constitui nos ensinos dos últimos anos de vida de Sakyamuni (como é conhecido, no Japão, Sidarta Gautama, o Buda.
Em 28 de abril de 1253, ele expôs o Nam-Myoho-Rengue-Kyo pela primeira vez no templo Seityo. Com isto, ele proclamou que a devoção e a prática do Sutra de Lótus eram a única forma correta de Budismo para a época atual. Ao mesmo tempo, ele modificou o seu nome para Nitiren, que significa lótus (ren) do sol (niti). O significado da sua escolha, como ele mesmo explicou, tem origem no Sutra de Lótus.
Após esta declaração, a qual é considerada a data de fundação de todas as escolas de Budismo Nitiren, ele começou a propagação de seus ensinos em Kamakura, que era a capital de fato do Japão, visto que era o lugar onde residia o shogun e onde o aparato do governo estava instalado. Ele conquistou seguidores lá entre sacerdotes e leigos e muitos dos seus seguidores vinham da classe de samurais.
Nitiren foi uma figura muito controversa no seu tempo, e muitas escolas que seguem seus ensinamentos continuam sendo controversas. Uma fonte comum de controvérsia é o fato de acreditarem ser a única escola budista que segue a forma correta de budismo, uma convicção que teve início com o próprio Nitiren.
Alguns grupos hoje caracterizam os esforços de Nitiren como uma tentativa de reformar o budismo de sua época. Entretanto, Nitiren não estava tentando reformar os demais grupos. Sua intenção era que o governo parasse de sustentar as demais seitas ou escolas budistas e que as pessoas parassem de seguir esses ensinamentos, pois, baseado em seus estudos dos sutras, ele estava convencido que estas seitas seguiam ensinamentos errados.
Tendo propagado os seus ensinos e advertido as pessoas e o governo sobre os ensinos errôneos de outras escolas budistas, Daishonin encontrou as mais duras perseguições. Essas perseguições vieram tanto das seitas budistas populares daquela época como das autoridades governamentais, que protegiam essas seitas.
Nitiren deixou seu propósito claramente expresso em Rissho Ankoku-Ron (立正安国論): “Estabelecer o Ensinamento Correto para Pacificação da Terra”, seu primeiro tratado de importância e a primeira de três advertências a autoridades. Ele sentiu que era essencial que “o soberano reconheça e aceite a única forma verdadeira e correta de budismo” e a única maneira de “atingir paz e prosperidade para a terra e seu povo e dar um fim ao sofrimento”. Esta forma correta e verdadeira de budismo, como Nitiren dizia, correspondia aos ensinamentos do Sutra do Lótus como o ensino máximo do budismo.
Nitiren passou seus anos finais escrevendo cartas de orientação, pregando sermões e preparando Gohonzon para seus discípulos. Mas sua saúde foi piorando e várias pessoas o encorajaram a viajar para onsens devido aos benefícios à saúde. Ele partiu do Monte Minobu em companhia de diversos discípulos em 8 de setembro de 1282.
Ao chegar dez dias depois à casa de um seguidor chamado Ikegami Munenaka, que vivia onde hoje é chamado Ikegami, Ota em Tóquio, Nitiren sentiu que seu fim estava próximo e iniciou seus preparativos. Em 25 de setembro ele proferiu seu último sermão a respeito de Risshō Ankoku-Ron. Em 8 de outubro, nomeou seis discípulos sênior para continuar na liderança da propagação dos seus ensinos após seu falecimento. São eles: Nisshō (日昭), Nitirō (日朗), Nikkō (日興), Nikō (日向), Nitiji (日持), e Nicchō (日頂).
Em 13 de outubro de 1282, na hora do dragão (por volta de 08h da manhã), Nitiren faleceu na presença de muitos discípulos e seguidores leigos. Seu funeral e cremação aconteceram no dia seguinte. Seu discípulo Nikko deixou Ikegami e partiu com as cinzas de Nitiren em 21 de outubro e chegou ao Monte Minobu em 25 de outubro. A sepultura original de Nitiren está localizada, a seu pedido, em Kuonji; parte das cinzas também são mantidas em Taisekiji.
Desde o seu falecimento, Nichiiren tem sido conhecido por inúmeros nomes póstumos que expressam respeito a ele ou representam sua posição na história do budismo. Os nomes mais comuns são Nichiren Shonin (日蓮上人) e Nichiiren Daishonin (日蓮大聖人). A preferência por um desses títulos depende da escola de budismo, sendo que o título Nitiren Daishonin é preferido pelos seguidores das escolas derivadas da linhagem de Nikko.
A corte imperial japonesa também concedeu a Nichiren títulos honoríficos como Nitiren Daibosatsu (日蓮大菩薩; “O Grande Bodhissatva Nichiren”) e Rissho Daishi (立正大師; “O Grande Mestre Rissho); o primeiro título foi concedido em 1358 e o segundo em 1922.
Nitiren ou Nichiren (em japonês 日蓮) (Kamogawa, 16 de fevereiro de 1222 – Ōta, 13 de outubro de 1282), nascido Zennichimaro (善日麿), mais tarde Zeshō-bō Renchō (是生房蓮長) e algumas vezes chamado de Nichiren Shōnin (日蓮聖人), Nichiren Daishōnin (日蓮大聖人) ou Nitiren Daibossatsu (日蓮大菩薩), foi um monge budista do Japão do século XIII. Fundou o budismo Nitiren, um importante segmento do budismo japonês que engloba dúzias de escolas de diversas interpretações doutrinárias. Antes de falecer, deixou documentos transferindo seus ensinamentos a seu discípulo Nikko, que construiu um templo chamado de Templo Principal Taisekiji, a atual sede da Nichiren Shoshu.
Em algumas escolas, notavelmente a Nitiren Shoshu e a Soka Gakkai (representada no Brasil pela Associação Brasil Soka Gakkai Internacional), foi alçado à condição de buda (“Aquele que Despertou”) original da era de Mapô. Outras escolas, como a Nitiren Shu, e o Budismo Primordial HBS o têm como patriarca, mas seguem o Buda Shakyamuni.
Em 1237, tornou-se sacerdote budista e adotou o nome Zesho-bo Rencho. Em 1242, após ter passado alguns anos em Kamakura — o centro do governo japonês na época — para dar prosseguimento aos seus estudos, retornou para o templo Seichyo. Sentindo uma urgente necessidade de continuar os estudos, no mesmo ano partiu para Kyoto e Nara, os dois centros do budismo tradicional no Japão. Permaneceu ali até 1253, quando sentiu ter descoberto o que buscava e retornou ao tempo Seityo. Verificou que os verdadeiros ensinos do budismo são encontrados apenas no Sutra do Lótus – que constitui nos ensinos dos últimos anos de vida de Sakyamuni (como é conhecido, no Japão, Sidarta Gautama, o Buda.
Em 28 de abril de 1253, ele expôs o Nam-Myoho-Rengue-Kyo pela primeira vez no templo Seityo. Com isto, ele proclamou que a devoção e a prática do Sutra de Lótus eram a única forma correta de Budismo para a época atual. Ao mesmo tempo, ele modificou o seu nome para Nitiren, que significa lótus (ren) do sol (niti). O significado da sua escolha, como ele mesmo explicou, tem origem no Sutra de Lótus.
Após esta declaração, a qual é considerada a data de fundação de todas as escolas de Budismo Nitiren, ele começou a propagação de seus ensinos em Kamakura, que era a capital de fato do Japão, visto que era o lugar onde residia o shogun e onde o aparato do governo estava instalado. Ele conquistou seguidores lá entre sacerdotes e leigos e muitos dos seus seguidores vinham da classe de samurais.
Nitiren foi uma figura muito controversa no seu tempo, e muitas escolas que seguem seus ensinamentos continuam sendo controversas. Uma fonte comum de controvérsia é o fato de acreditarem ser a única escola budista que segue a forma correta de budismo, uma convicção que teve início com o próprio Nitiren.
Alguns grupos hoje caracterizam os esforços de Nitiren como uma tentativa de reformar o budismo de sua época. Entretanto, Nitiren não estava tentando reformar os demais grupos. Sua intenção era que o governo parasse de sustentar as demais seitas ou escolas budistas e que as pessoas parassem de seguir esses ensinamentos, pois, baseado em seus estudos dos sutras, ele estava convencido que estas seitas seguiam ensinamentos errados.
Tendo propagado os seus ensinos e advertido as pessoas e o governo sobre os ensinos errôneos de outras escolas budistas, Daishonin encontrou as mais duras perseguições. Essas perseguições vieram tanto das seitas budistas populares daquela época como das autoridades governamentais, que protegiam essas seitas.
Nitiren deixou seu propósito claramente expresso em Rissho Ankoku-Ron (立正安国論): “Estabelecer o Ensinamento Correto para Pacificação da Terra”, seu primeiro tratado de importância e a primeira de três advertências a autoridades. Ele sentiu que era essencial que “o soberano reconheça e aceite a única forma verdadeira e correta de budismo” e a única maneira de “atingir paz e prosperidade para a terra e seu povo e dar um fim ao sofrimento”. Esta forma correta e verdadeira de budismo, como Nitiren dizia, correspondia aos ensinamentos do Sutra do Lótus como o ensino máximo do budismo.
Nitiren passou seus anos finais escrevendo cartas de orientação, pregando sermões e preparando Gohonzon para seus discípulos. Mas sua saúde foi piorando e várias pessoas o encorajaram a viajar para onsens devido aos benefícios à saúde. Ele partiu do Monte Minobu em companhia de diversos discípulos em 8 de setembro de 1282.
Ao chegar dez dias depois à casa de um seguidor chamado Ikegami Munenaka, que vivia onde hoje é chamado Ikegami, Ota em Tóquio, Nitiren sentiu que seu fim estava próximo e iniciou seus preparativos. Em 25 de setembro ele proferiu seu último sermão a respeito de Risshō Ankoku-Ron. Em 8 de outubro, nomeou seis discípulos sênior para continuar na liderança da propagação dos seus ensinos após seu falecimento. São eles: Nisshō (日昭), Nitirō (日朗), Nikkō (日興), Nikō (日向), Nitiji (日持), e Nicchō (日頂).
Em 13 de outubro de 1282, na hora do dragão (por volta de 08h da manhã), Nitiren faleceu na presença de muitos discípulos e seguidores leigos. Seu funeral e cremação aconteceram no dia seguinte. Seu discípulo Nikko deixou Ikegami e partiu com as cinzas de Nitiren em 21 de outubro e chegou ao Monte Minobu em 25 de outubro. A sepultura original de Nitiren está localizada, a seu pedido, em Kuonji; parte das cinzas também são mantidas em Taisekiji.
Desde o seu falecimento, Nichiiren tem sido conhecido por inúmeros nomes póstumos que expressam respeito a ele ou representam sua posição na história do budismo. Os nomes mais comuns são Nichiren Shonin (日蓮上人) e Nichiiren Daishonin (日蓮大聖人). A preferência por um desses títulos depende da escola de budismo, sendo que o título Nitiren Daishonin é preferido pelos seguidores das escolas derivadas da linhagem de Nikko.
A corte imperial japonesa também concedeu a Nichiren títulos honoríficos como Nitiren Daibosatsu (日蓮大菩薩; “O Grande Bodhissatva Nichiren”) e Rissho Daishi (立正大師; “O Grande Mestre Rissho); o primeiro título foi concedido em 1358 e o segundo em 1922.
Pintura de Tsukioka Yoshitoshi de 1885 retratando Nitiren ensinando um pescador que se utiliza de cormorões em sua atividade
Isso aconteceu há uns 600 anos atrás, na época do bonzo Nitiren Shonin. Esse fato marcou o início do alvorecer. Até essa época, o Budismo era baseado nos ensinamentos regidos pela Lua, onde nas orações era entoada a frase “NA-MU-A-MI-DA-BUTSU”, com seis sílabas. Porém Nitiren foi o primeiro a entoar a frase “MYO-HO-REN-GUE-KYO” nas orações búdicas. Vale lembrar que Lua tem o significado “6” e Sol tem significado “5”, ou seja, do Mundo regido pela Lua, apareceu o Sol.
O nome Nitiren também tem um profundo significado: niti=sol e ren=ligação, ou seja, “ligação das pessoas com o Sol”.
Depois que ele entoou a frase “MYO-HO-REN-GUE-KYO” no alto das montanhas Awa-no-seityou, a religião Nitiren-Shu começou a se expandir.
O ponto principal daquele primeiro Paraíso foi o alvorecer. Depois disso veio o segundo, depois o terceiro…
15 de setembro de 1952
Isso aconteceu há uns 600 anos atrás, na época do bonzo Nitiren Shonin. Esse fato marcou o início do alvorecer. Até essa época, o Budismo era baseado nos ensinamentos regidos pela Lua, onde nas orações era entoada a frase “NA-MU-A-MI-DA-BUTSU”, com seis sílabas. Porém Nitiren foi o primeiro a entoar a frase “MYO-HO-REN-GUE-KYO” nas orações búdicas. Vale lembrar que Lua tem o significado “6” e Sol tem significado “5”, ou seja, do Mundo regido pela Lua, apareceu o Sol.
O nome Nitiren também tem um profundo significado: niti=sol e ren=ligação, ou seja, “ligação das pessoas com o Sol”.
Depois que ele entoou a frase “MYO-HO-REN-GUE-KYO” no alto das montanhas Awa-no-seityou, a religião Nitiren-Shu começou a se expandir.
O ponto principal daquele primeiro Paraíso foi o alvorecer. Depois disso veio o segundo, depois o terceiro…
15 de setembro de 1952
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